Podemos dizer que a violência
caracteriza-se por um ato de brutalidade, abuso físico e ou psíquico contra
alguém. Demonstra relações sociais calcadas na opressão, intimidação, medo e terror.
Entende-se que a violência não faz
parte da natureza do ser humano, mas é resultado das relações sociais, nem
sempre justas e igualitárias. Sendo assim, nas relações sociais é possível
percebermos diferentes atos de violência sejam eles físicos ou não.
Quando observamos os diferentes
casos percebemos que eles se encontram disseminados em diversas instituições da
sociedade, tais como a família, a escola e o próprio esporte. Ações violentas estão cada vez mais presentes, afetando a
população de um modo geral independente de sua classe social, etnia ou gênero.
Desta forma, pensar, discutir e refletir sobre a violência torna-se um elemento
fundamental para compreendermos o nosso meio.
Em muitas emissoras de televisão o
tema violência é garantia de altos índices de audiência, fazendo com que a
população vivencie diariamente cenas de assaltos, tiroteios, chacinas,
sequestros, ataques terroristas. Na mídia esportiva o tema violência também vem
ganhando constante destaque, com episódios lamentáveis de agressões entre
torcedores; agressão entre jogadores; presença de preconceito racial, entre
outros.
Um dos motivos que podem ser
suscitados para a atual realidade de violência no esporte está ligada ao seu
processo de comercialização o qual provoca uma profunda alteração no que diz
respeito às pressões que os atletas sofrem, como por exemplo: de terem que
ganhar a qualquer preço, pressões dos patrocinadores, da mídia, etc. Essas
pressões fazem com que muitos jogadores quebrem as regras que regem os
esportes, ocasionando um aumento de comportamentos violentos, sejam eles
físicos ou verbais.
Para exemplificar esta ideia, “na abertura do
returno do Novo Basquete Brasil, a partida do Flamengo contra o Vila
Velha/Cetaf foi manchada por uma forte cena de Violência. No início do quarto
período, quando o Flamengo já vencia com facilidade, o pivô Manuil, do Vila Velha,
agrediu com uma cotovelada o armador Duda, da equipe carioca. Na entrada do
garrafão, fora do lance de bola, Manuil agrediu Duda, que caiu atordoado com um
corte no supercilio direito”. (Globo.com, 25/02/2010)
No dia 13 de abril de 2005, o
jornal "Zero Hora", de Porto Alegre/RS, publicou em seu caderno
Esportes, uma matéria sob o título: "torcida de várzea em Milão",
onde relatava um dos tantos episódios de violência que vêm ocorrendo no mundo
esportivo, quando o goleiro Dida foi atingido por um rojão que foi jogado pela
torcida, logo após o árbitro ter anulado o gol de empate do Inter.
Certamente, se fossemos listar os
casos de violência relacionados ao esporte esta lista seria enorme,
principalmente, de casos relacionados ao fanatismo, uma vez que, muitos
torcedores fanáticos desconsideram a lógica da liberdade de escolha e interesse
dos outros colocando-se numa posição de absoluta convicção de superioridade.
Assim, o outro não é considerado somente um adversário no jogo, mas sim, um inimigo.
O perigo do fanático ou do
fanatismo consiste exatamente na certeza absoluta e incontestável que ele tem a
respeito de suas verdades. O fanático não aceita discussões ou questionamentos
com relação àquilo que apresenta como sendo seu conhecimento.
Em geral o que foi exposto até o
momento traduz parte dos problemas existentes em nosso contexto social. Muitos
devem neste momento estar se perguntando: O que devemos fazer? De início
podemos dizer que o primeiro passo para a mudança está na autorreflexão sobre o
problema. É necessário compreendermos que podemos mudar a situação a começar
pela própria visão que temos em relação à violência, deixando de encará-la como
algo natural.
A partir disso, precisamos
disseminar a ideia de que os locais destinados à pratica ou apreciação
esportiva devem ser espaços de encontro, confraternização e apreciação do jogo; locais onde seja possível a presença da criança, do jovem, do adulto e do idoso.
A busca pela vitória presente no
ato de competir pode ser considerada normal e justificável, porém o que se deve ser analisado e questionado
são os mecanismos utilizados para se conquistar a vitória. Se, enquanto mecanismo, é utilizado a violência
a vitória perde o sentido.
Não podemos aceitar com naturalidade a ideia de que a
competição ou a busca pela vitória seja mais importante do que o outro. As pessoas precisam compreender que deve prevalecer a preocupação com a integridade do outro o qual não deve ser encarado simplesmente como um adversário, mas como um ser humano.
Atividade
Elabore um texto crítico de, no mínimo, 15 linhas relacionando o provérbio de Mahatma Gandhi "Olho por olho e o mundo acabará cego" à violência no Esporte discutida no texto.
Adorei essa analise deu pra refletir bastante sobre tudo que a própria sociedade provoca e sofre muuito obrigada por me ajudar a refletir .....
ResponderExcluirpós eu amei
ResponderExcluirAdorei
ResponderExcluirVc pode me ajudar com a atividade por favor
ExcluirAlguém tem o texto?
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